Em nenhum outro lugar do mundo se vê tantos escorpiões. Segundo uma pesquisa, de cada 100 moradores de um bairro de Salvador, seis já foram picados.
Eles são mais velhos que os dinossauros. Já existiam há 350 milhões de anos. Estão na lista dos primeiros habitantes da Terra. Algumas espécies já se extinguiram, mas das que ficaram, 25 são consideradas perigosas. Nos últimos anos se espalharam rapidamente por todo o país e já invadiram as cidades.
Em Salvador, o bairro do nordeste de Amaralina concentra o maior índice de acidentes no mundo com escorpiões. Segundo uma pesquisa, de cada 100 moradores, seis já foram picados.
"As crianças e os idosos são os que têm o maior risco de desenvolver um acidente grave e principalmente o óbito", alerta a bióloga Rejane Lira.
As biólogas passaram dois anos pesquisando. Coletaram escorpiões, conversaram com os moradores, ouviram histórias como a da aposentada Joana Braga. Ela foi picada no banheiro: “Na hora não doeu. Depois de três minutos começou a doer, a perna começou a inchar. Fui para o hospital, me deram medicamentos e eu melhorei”.
O comerciante Manoel Bernardo dos Santos diz que já cansou de matar escorpiões dentro de casa: “Aqui a gente vê escorpião como se vê barata. Antes de calçar o sapato tem que ver se não tem escorpião dentro”.
A sorte é que a espécie mais encontrada aqui é uma de cor amarelada, de veneno mais fraco.
"A picada é muito rápida e nem sempre ele injeta uma grande quantidade de veneno", diferencia a bióloga Rejane Lira.
A grande ameaça é outra espécie, de pele mais escura. É tão perigosa que se reproduz sem acasalamento. “É o tipo de reprodução onde o animal não precisa do sexo oposto. Só existem fêmeas. Ele se reproduz amadurecendo esses óvulos que estão dentro do corpo da fêmea", diz a bióloga Rejane Lira.
É o escorpião mais venenoso que existe no país. Tem aparecido com frequência nas áreas onde as matas urbanas são substituídas por empreendimentos imobiliários.
Sapo, macaco, aves – os inimigos naturais do escorpião já não existem mais no bairro. Por isso, ele se prolifera com facilidade. Encontra casa e comida em quase todas as ruas. O bicho gosta muito de se abrigar também em ambientes de lixo e entulho.
No ano passado, 37 mil brasileiros foram picados por escorpiões - 67 morreram. Um índice cinco vezes maior que o registrado no começo da década. O Ministério da Saúde admite que o problema é grave e anuncia um reforço no trabalho de vigilância.
“O ministério quer exatamente identificar as áreas onde há maior ocorrência de escorpiões, visitar esses locais para retirar os escorpiões e passar orientações de como será feita a eliminação dos escorpiões do local”, diz Daniel Sufuentes, do Ministério da Saúde.
Fonte e vídeo: Bom dia Brasil
Eles são mais velhos que os dinossauros. Já existiam há 350 milhões de anos. Estão na lista dos primeiros habitantes da Terra. Algumas espécies já se extinguiram, mas das que ficaram, 25 são consideradas perigosas. Nos últimos anos se espalharam rapidamente por todo o país e já invadiram as cidades.
Em Salvador, o bairro do nordeste de Amaralina concentra o maior índice de acidentes no mundo com escorpiões. Segundo uma pesquisa, de cada 100 moradores, seis já foram picados.
"As crianças e os idosos são os que têm o maior risco de desenvolver um acidente grave e principalmente o óbito", alerta a bióloga Rejane Lira.
As biólogas passaram dois anos pesquisando. Coletaram escorpiões, conversaram com os moradores, ouviram histórias como a da aposentada Joana Braga. Ela foi picada no banheiro: “Na hora não doeu. Depois de três minutos começou a doer, a perna começou a inchar. Fui para o hospital, me deram medicamentos e eu melhorei”.
O comerciante Manoel Bernardo dos Santos diz que já cansou de matar escorpiões dentro de casa: “Aqui a gente vê escorpião como se vê barata. Antes de calçar o sapato tem que ver se não tem escorpião dentro”.
A sorte é que a espécie mais encontrada aqui é uma de cor amarelada, de veneno mais fraco.
"A picada é muito rápida e nem sempre ele injeta uma grande quantidade de veneno", diferencia a bióloga Rejane Lira.
A grande ameaça é outra espécie, de pele mais escura. É tão perigosa que se reproduz sem acasalamento. “É o tipo de reprodução onde o animal não precisa do sexo oposto. Só existem fêmeas. Ele se reproduz amadurecendo esses óvulos que estão dentro do corpo da fêmea", diz a bióloga Rejane Lira.
É o escorpião mais venenoso que existe no país. Tem aparecido com frequência nas áreas onde as matas urbanas são substituídas por empreendimentos imobiliários.
Sapo, macaco, aves – os inimigos naturais do escorpião já não existem mais no bairro. Por isso, ele se prolifera com facilidade. Encontra casa e comida em quase todas as ruas. O bicho gosta muito de se abrigar também em ambientes de lixo e entulho.
No ano passado, 37 mil brasileiros foram picados por escorpiões - 67 morreram. Um índice cinco vezes maior que o registrado no começo da década. O Ministério da Saúde admite que o problema é grave e anuncia um reforço no trabalho de vigilância.
“O ministério quer exatamente identificar as áreas onde há maior ocorrência de escorpiões, visitar esses locais para retirar os escorpiões e passar orientações de como será feita a eliminação dos escorpiões do local”, diz Daniel Sufuentes, do Ministério da Saúde.
Fonte e vídeo: Bom dia Brasil
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