google.com, pub-0596045825342772, DIRECT, f08c47fec0942fa0 Vida Difícil!: Refeições fora de casa consomem até 25% da renda dos assalariados

terça-feira, 21 de julho de 2009

Refeições fora de casa consomem até 25% da renda dos assalariados

Cerca de 25% do orçamento dos trabalhadores hoje é destinado a refeições fora de casa. Até 2012, a previsão é de que esse percentual chegue a 30%, de acordo com dados da ECD Consultoria, empresa que lida com pesquisas de mercado nos ramos de restaurantes, alimentação e bebidas. Especialistas explicam que a vida agitada nas grandes cidades impôs o hábito de comer em bares e restaurantes. No entanto, os consumidores precisam estar atentos para evitar que esse costume não se torne um risco à saúde e às finanças.

De acordo com o diretor da ECD, Enzo Donna, as empresas de fast food tiveram acréscimo de 18% no faturamento no ano passado. Hoje, o setor calcula que 57 milhões de refeições são feitas fora de casa todos os dias, número que deverá chegar a 80 milhões em 2012. E pelo menos 83% dessas refeições acontecem na hora do almoço. "Como as pessoas saem cada vez mais cedo de casa para trabalhar, tomar café da manhã na rua também tem sido uma tendência em alta", comenta Donna.

Para o consultor de carreiras Emydio Palmeira, essa mudança de comportamento precisa ser encarada com cautela pelos assalariados. Para quem planeja poupar dinheiro, o ideal é planejar o orçamento de modo a gastar o mínimo possível com comida fora de casa. Palmeira diz ser mais econômico levar a comida feita na própria residência e buscar um espaço reservado para almoçar na empresa. Caso não haja essa possibilidade, a saída é pesquisar estabelecimentos com preço mais em conta. "Comer fora todo dia dificulta o hábito de guardar dinheiro. Mas todos devem aprender a poupar, nem que seja os centavos que sobram no final do dia", completa.

QUALIDADE – Existem cerca de seis mil bares e restaurantes cadastrados em Salvador e na região metropolitana, segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-BA). A preocupação diante da oferta de clientes cada vez maior é a qualidade do alimento oferecido pelos estabelecimentos. O técnico em segurança alimentar Odilon Castro aconselha o consumidor a observar o local escolhido para as refeições e buscar informações sobre a procedência dos alimentos.

Com o mestrado concluído na Escola de Nutrição da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Castro analisou alguns restaurantes populares no centro de Salvador e identificou riscos à saúde devido a falta de cuidados no manuseio da comida. Castro afirma que pessoas contaminadas por alimentos mal preparados podem ter problemas imediatos após a ingestão ou a longo prazo, devido a um cardápio rico em gorduras e açúcar.

Independente da refeição ser feita em casa ou no restaurante, Castro diz ser importante ter uma dieta equilibrada com carboidratos, proteínas, frutas e legumes. "O velho prato com arroz, feijão, salada, carne e peixe é suficiente", diz.

Como dica para quem costuma levar almoço de casa para o trabalho, ele diz ser importante observar o modo de armazenagem. Um erro comum é deixar o almoço dentro da mochila ou armário até a hora do almoço. "Isso é suficiente para bactérias se proliferarem e liberarem toxivas nocivas", explica, após lembrar que o correto é chegar no trabalho e guardar a refeição na geladeira até a hora exata de esquentá-la.

Outra dica é tomar cuidado com as estufas. Nenhuma comida deve ser armazenada entre 5ºC e 60ºC por ser uma temperatura que facilita a proliferação de bactéria. Por isso, esse aparelhos devem ser fiscalizados para garantir o aquecimento correto acima de 60ºC, apesar das estufas serem facilitadoras para a perda de textura e sabor da comida.

Questionado sobre as condições de higiene dos estabelecimentos que oferecem refeições em Salvador, o presidente da Abrasel-BA, Luiz Amaral, lembra que diversos cursos têm sido oferecidos para garantir mais qualidade e qualificação para as equipes que manuseiam os produtos vendidos. Amaral garante que as ações de capacitação têm envolvido inclusive empresários que precisam se profissionalizar na gestão dos estabelecimentos que enfrentam cada vez mais demanda.

Fonte: A Tarde On Line - Eder Luis Santana

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