A Bahia atingiu nesta segunda-feira a meta de 32 mil contratos assinados para as moradias do programa Minha Casa, Minha Vida, na faixa que contempla famílias com renda mensal até três salários mínimos. Foram mais 5.008 novas habitações contratadas e que serão entregues dentro de um ano, sendo 1.320 em Salvador, na região do CIA-Aeroporto, com um investimento de R$ 60 milhões. O maior empreendimento fica em Camaçari e terá 1.420 unidades.
Durante a assinatura dos contratos, o governador Jaques Wagner (PT) assegurou a expansão do projeto no Estado com a construção de mais 12 mil moradias para esta faixa de renda. A presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Maria Fernanda Ramos Coelho, disse que, como a Bahia foi o primeiro Estado a fechar todos os contratos, deverá contar com um novo aporte de recursos para projetos na área. A previsão é que esta expansão seja divulgada até o final da próxima semana.
“A Bahia já conta com 66 empreendimentos com um investimento de R$ 1,5 bilhão para esta faixa de três salários mínimos e 14 empreendimentos, somando 29 mil moradias para a faixa de até seis salários mínimos”, afirmou Maria Fernanda.
Terrenos - Jaques Wagner encaminhou ontem para a Assembleia Legislativa um projeto de lei. O objetivo é alienar alguns terrenos pertencentes ao governo para serem ofertados a construtoras, a preços mais baixos, caso a cota adicional de moradias seja concedida pelo governo federal. Segundo o governador, nesses terrenos será possível construir até 6 mil novas unidades.
O secretário de Desenvolvimento Urbano, Afonso Florence, afirmou que os terrenos que serão alienados pelo Estado se concentram em bairros como Cajazeiras, Fazenda Grande e no subúrbio ferroviário. Porém o governo ainda não quer quantificar quantos terrenos serão e quais as áreas para evitar a especulação imobiliária.
Para Vicente Mattos, que até ontem ocupava a presidência do Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia (Sinduscon), com o alcance da meta para as famílias de até três salários, os empresários irão se voltar para os empreendimentos das outras faixas de renda. “É um produto já vendido, por isso o empresariado se voltou para esta tipologia de empreendimento”, diz Mattos sobre o interesse inicial nos imóveis mais populares.
Isto acontece, disse, porque o preço do terreno e a liberação de licenças têm sido empecilhos na capital.
Fonte: A Tarde Online
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