quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
Infestação por aedes aegypti aumenta entre Barra e Rio Vermelho
Bairros nobres como Barra e Rio Vermelho estão entre as áreas de Salvador com maior Índice de Infestação Predial (IIP) por lavas e pulpas de Aedes aegypti, além de apresentar o maior crescimento percentual entre 2008 e 2009. Um dos motivos apontados pelas autoridades da área de saúde é a dificuldade de acesso a imóveis de classe alta e média alta enfrentada pelos agentes sanitários para pesquisa e destruição dos focos da doença.
A promotora do Ministério Público Estadual (MPE) Itana Viana, autora de requerimento para que os agentes de saúde possam ingressar em imóveis durante as atividades de combate à dengue, declarou que “o impedimento às ações preventivas poderá tornar inócuo o trabalho de prevenção em várias áreas da cidade, expondo a população a possível aumento de incidência de novas contaminações, e atingir proporções de uma epidemia com grave repercussão na saúde pública, como ocorrido no Rio de Janeiro no verão passado”.
O 1º Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (Lira) de 2009 foi divulgado pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) que anunciou estas informações e indica que Salvador ainda permanece na faixa de médio risco para a ocorrência de uma epidemia de dengue, com um índice médio de infestação de 3,8%. Isto ocorreu apesar de ter sido detectada elevação nos números consolidados em 2009 em relação ao ano de 2008, nas áreas da cidade com maior IIP.
Alerta – Para o Ministério da Saúde, uma área é classificada como de alto risco quando o IIP supera 3,9%. Mas, segundo recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), quando o índice de infestação predial é superior a 1,0 e a população é suscetível ao sorotipo de dengue que está circulando, o risco de epidemias é maior.
"É preocupante o fato de Salvador já contar com três dos quatro tipos de vírus da dengue, porque quando o quarto tipo começar a circular, os casos de dengue hemorrágica serão multiplicados", alertou Mary Wilson, professora de Medicina e Saúde Pública da Universidade de Harvard, em curso conjunto com o Fiocruz Bahia realizado em janeiro último, em Salvador.
A informação foi prestada durante palestra sobre dengue proferida pela especialista no auditório da instituição baiana para 20 mestres e doutores, metade do Brasil e metade dos EUA. Mary Wilson acrescentou que ainda não existe uma vacina capaz de imunizar pacientes para os três tipos de dengue e a contaminação pelo quarto tipo de vírus tornará a situação “ainda mais preocupante”.
O estudo em Salvador foi realizado entre os dias 5 e 9 de janeiro pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). Segundo a SMS, os dados irão subsidiar as ações no combate à dengue. Ainda segundo a assessoria de imprensa da secretaria municipal, o estudo é realizado a cada três meses e o índice divulgado corresponde ao panorama atual verificado na cidade.
O Levantamento do Índice Rápido por Amostragem (Lira) é um método de pesquisa adotado pelo Ministério da Saúde desde o ano de 2005, capaz de fornecer, em três dias, uma radiografia dos criatórios de dengue em uma determinada região. Este método toma a amostragem por um quinto do total dos imóveis de cada um dos bairros de uma cidade fornecendo um IIP confiável.
O IIP, por sua vez, é obtido pela multiplicação do número de imóveis com presença de Aedes aegypti (positivos) por 100, dividido pelo número de imóveis inspecionados.
Fonte: A Tarde
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Ju-ju, sabe onde eu encontro mais informações sobre os cursos de idiomas da UNEB? Procurei no site oficial da universidade, mas não achei.
ResponderExcluirBeijão
Cacau
Mais Informações: NEC/Campus I - Tel: (71) 3117-2303. E-mail: necba@listas.uneb.br; NEC/ Campus VI – Tel.: (77) 3424-2021 / 3454-1762 Ramal 224
ResponderExcluirO bixo tá pegandoooo!!!!
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